A Cirurgia de Mohs (Cirurgia Micrográfica de Mohs) é uma técnica especial para a retirada de tumores de pele, que caracteriza-se por ser extremamente conservadora, retirando o mínimo de tecidos ao redor do tumor.
Isso é possível graças ao estudo completo das margens do tumor que é realizado durante a cirurgia. Mesmo retirando pouco tecido, é uma das técnicas mais eficientes em relação a recidiva, pois garante que todo tumor foi retirado,uma vez que o exame é feito antes de terminar a operação
Na cirurgia é retirado o tumor e uma fina camada de tecido das margens laterais e profundas, que deverá ser submetida ao exame de congelação no criostato, durante a cirurgia. Após este processamento, realiza-se o exame no microscópio. Se houver algum fragmento comprometido é feita nova retirada até que todas as margens estejam sem tumor).
Na cirurgia convencional, retira-se o tumor com uma margem estabelecida, geralmente maior que no Mohs. Após a retirada da lesão se envia para análise no laboratório, que examina alguns fragmentos da margem. O resultado pode levar de 3 a 7 dias para ficar pronto. Caso ainda permaneça tumor, o paciente deve ser reoperado.
Na Cirurgia Micrográfica de Mohs, a margem é completamente examinada, e se houver necessidade de retirar mais tecido da borda, isto é feito na hora, refletindo-se em melhores índices de cura, e menores cicatrizes.
A Cirurgia Micrográfica de Mohs é um técnica sofisticada e dispendiosa. Deve ser indicada em caso especiais como: tumores com margens mal delimitadas, áreas críticas como ao redor dos olhos, nariz, boca e outras cujas extensões do tumor podem causar deformidades depois da cirurgia. Também tem indicação nos tumores recidivantes e tumores grandes. O tipos de tumores mais indicados são: os carcinomas basocelulares esclerodermiformes, os carcinomas basocelulares metatípicos, os carcinomas espinocelulares indiferenciados, os dermatofibrossarcoma protuberans e alguns tumores derivados de anexos.